terça-feira, 4 de setembro de 2012
Caju
Voltar a ouvir Cazuza é sempre um bom sinal.
Cazuza é passado, presente, futuro.
É amor.
É estar leve e sentir o leve afago daquela voz meio rouca, meio louca.
Mas sempre uma voz de amor.
Amor não acaba, se transforma.
"Viver é bom, partida e chegada, solidão, que nada!"
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Vinicius
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor,
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Leminski
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Lembranças
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Mangueira, teu cenário é uma beleza!
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
O ocultismo, o vampirismo, o voodoo.
Queria ter coragem de saber
O que me prende?
O que me paralisa?
Serão dois olhos
Negros como os teus
Que me farão cruzar a divisa...
É como se eu fosse pra um Vietnã
Lutar por algo que não será meu
A curiosidade de saber
Quem é você?...
Queria ter coragem de te falar
Mas qual seria o idioma?
Congelado em meu próprio frio
Um pobre coração em chamas...
É como se eu fosse um colegial
Diante da equação
O quadro, o giz
A curiosidade do aprendiz
Diante de você...
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O ocultismo, o vampirismo
O voodoo
O ritual, a dança da chuva
A ponta do alfinete, o corpo nú
Os vários olhos da Medusa...
É como se estivéssemos ali
Durante os séculos fazendo amor
É como se a vida terminasse ali
No fim do corredor...