sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Esses dias estão passando feito bruma. Fantasiando passado com presente diminuindo a visibilidade do futuro.

Meus natais sempre foram diferentes. Enquanto as pessoas reclamam da mesmice de passar os dias com a família, das comidas “típicas”, do espírito natalino, eu vejo natais diferentes ao longo da minha vida. Este por exemplo, está sendo marcado pela saudade.

- Lady Laura! Quantas vezes me sinto perdido no meio da noite, com problemas e angústias que só gente grande é que tem. Me afagando os cabelos você certamente diria: Amanhã de manhã você vai se sair muito bem. Quando eu era criança podia chorar nos seus braços e ouvir tanta coisa bonita na minha aflição. Nos momentos alegres sentado ao seu lado, eu sorria. E, nas horas difíceis, podia apertar sua mão.

Numa postagem antiga eu disse que a morte é para quem fica. Hoje ao pegar o telefone para desejar feliz natal, me peguei tentando ligar para quem já não pode atender. E dói né.

Não sou daqueles como a minha mãe que chora na lembrança mais bonita ou ao ver Roberto Carlos na TV. Pelo contrário, sinto calado. Coitado? Talvez. Mas cada um com seu jeito de ser.

- Lady Laura! Me leve pra casa! Me conta uma história! Me faça dormir!

A melhor coisa da saudade é aquela lembrança gostosa que nunca vai embora. Por maior que seja a dor, os momentos de alegria valem a ousadia do lembrar.

Afinal, essa é uma dor com a qual teremos que conviver até chegar a vez de sermos a dor involuntária de outra pessoa.


Por isso gosto e cuido dos meus velhinhos aqui em casa. Ganhar um sorriso do meu avô ou ouvir um feliz natal emocionado da minha outra vózinha no telefone são coisas impagáveis.


Então feliz feriadoinventadopeloscaptalistasparalucralucraelucrar natal aos meus leitor@s!

É muito bom compartilhar um pouco do que corre pela minha cabeça com vocês.

Saiba que você é especial para mim a seu modo.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Fez todo sentido em 2009, faz sentido agora.

SÁBADO, ABRIL 04, 2009

Como pode alguém sonhar
O que é impossivel saber
Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer
Isso eu vi, o vento leva..

Meu bem, de ti me despeço.
Com pressa feçho a janela que se abriu em minha memória.
Pensamento solitário no nosso "a dois", afinal, o que fica é a nossa vivência.
Sendo o esforço pra lembrar, a vontade de esquecer, a relutância em recordar é a vontade de você.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

FÉRIAS!!


PORRA, CARALHO, PUTA QUE PARIU!!! EU TO DE FÉRIAS MERMÃO!!!!
ATÉ QUE ENFIM!!!!!!!
CHUPA CÂNDIDO MENDES.
FODA-SE UNIRIO.

VÃO SE FODEEEEEEREM!

AGORA SÓ SEXO, DOOORGAS, ROQUENROL!!




ps: Não entendeu? Clique aqui.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tristeza não tem fim, felicidade sim.

Diz o homem para a estrela
que o brilho dela irradia
a alegria refletida
no sorriso dos amantes ao luar.

Mas dai a tal estrela
afogada em agonia
pergunta em poesia
o que será do seu sofrer?

O homem então sorrindo
responde ao seu modo
que o segredo da alegria
é sofrer um pouco mais

mas sofrer de tal maneira
que a beleza da alegria vivida
supere qualquer ousada tentativa
da tristeza prosperar.

Afinal, para toda tristeza, há de surgir um punhado de alegria.
Mas é essa alegria que faz toda a diferença.


Qualquer momento de felicidade vale a pena ser registrado, hoje registro o meu.


E estrela.... você ainda vai ser minha. =]

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Suprema Felicidade

Fui ao Shopping Leblon, num sábado à noite ver o novo filme do Arnaldo Jabor, cujo título está presente no começo desta postagem. Nunca escondi de ninguém minha admiração pela arte que esse homem faz com as palavras, assim como nunca escondi o carinho que tenho - acreditem - por esse shopping, porém ainda não tinha tido a oportunidade de ver alguma coisa cinematográfica do Jabor.

Admito que fui meio despretensioso em relação ao filme, tanto é que estava mais animado com minha companhia naquela noite. Eu não sei direito explicar qual foi o sentimento, mas, reduzindo a termo, o filme foi me ganhando, cena a cena, mesmo que perdido entre as heranças “pornochancháticas” e desnecessárias e os lindos diálogos realizados entre o protagonista Paulo e seu avô (Marco Nanini).

Apenas quem nunca leu ou ouviu alguma coisa do autor não percebia as nuances cômicas, filosóficas, lúdicas intrínsecas a cada cena aparentemente despretensiosa. O discurso dele estava presente ali, o que levava a acreditar até em uma autobiografia. No entanto, a característica mais presente no filme era a saudade/saudosismo. Tudo bem que o filme se passa em 1945, mas as cores, a fotografia, os personagens, os diálogos, a forma com que é abordado o amor, bem como a relação entre lucidez e loucura retratada em cada personagem ao longo do filme remetem não só à relíquias da cultura de nossos pais e avós, como também à narrativa de um antigo cinema brasileiro.

O ritmo embaralhado do filme só realça essa característica de colcha, não de retalhos, mas sim de sentimentos bons e ruins, lúcidos e confusos.

O que me deixou mais sentimental com o passar das cenas foi justamente a relação neto-avô reforçada a partir do meio do filme (são 02:05 de filme). Para começar, o Marco Nanini está genial. A atuação transparece a vivência do antigo boêmio, entre sua sabedoria e demência, que se apaixona e casa com a prostituta de sua vida. Ele como espectador da vida de seu neto, sempre despeja suas pérolas de sabedoria de uma pessoa “bem vivida”, com certo ar de quem sempre foi um velho sábio.”

É impossível não estabelecer um paralelo com a minha história e com a relação que tenho com meu querido avô. Assim como é muito estranho ver uma pessoa que sempre foi um referencial em tudo, principalmente força e disposição para a vida, se enfraquecer e se tornar dependente, não por vontade, mas por força do tempo. Aquela verdade difícil de encarar de que nós cuidaremos de nossos “pais” sempre chega e é mais uma porrada da vida.

Esse tipo de sentimento é muito difícil de retratar mas, como disse Drummond: “As coisas findas / Muito mais que lindas / Essas ficarão.”

Enfim, o filme é bonito. Me surpreendeu e valeu a pena.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cheio de cerveja

É morena....


Por que cada vez que te vejo quero mais?
Não consigo ficar só naquilo em que estamos.
Comigo é ou não é, não gosto de meio termos ou disse me disses.
Se é pra ser que seja por inteiro.




Hoje olhando o meu blog percebi que tenho mais rascunhos do que posts. Eu mais do que nunca vendo a internet como uma extensão do mundo real. Um espaço onde as pessoas tentam aumentar seu tempo de experiências, seu tempo de vida. E isso pelo jeito me amedrontou. Logo eu que nunca fui de medir minhas palavras me senti ameaçado pelos juízos que se constroem sobre o que eu escrevo. Tenho que parar com isso.

Do que vale a vida se os sentimentos que existem não são vividos? Para se saber o que quer deve-se dar espaço para que os sentimentos existam, não por sí mas sim no sorriso novo de cada dia.

Hoje foi um dia legal, ela sorriu para mim! [huhauhauhauhauhhuauauha #boboalegre]

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ambientais..

Vejam o outro blog: http://cidadaoousujismundo.blogspot.com/

Lendo:


Autor: Ricardo Arnt
Editora: Editora 34

No livro, um time de primeira formado por Antonio Delfim Netto, André Lara Resende, Edmar Bacha, Eduardo Giannetti, Luciano Coutinho, Gustavo Franco, José Roberto Mendonça de Barros, José Eli da Veiga, Luiz Gonzaga Belluzzo, Maílson da Nóbrega, Aloizio Mercadante, Sérgio Besserman Vianna, Pérsido Arida, Luiz Carlos Bresser-Pereira e Ricaro Abramovay discute, ementrevistas concedidas ao jornalista Ricardo Arnt, a emergência das teses de sustentabilidade e seu discurso transformador, porém, frequentemente vago, genérico e sujeito a variadas interpretações e apropriações. Os economistas mais tradicionais, na obra, mostram como encaram as novas propostas, por que as aceitam ou refutam e o que consideram necessário, viável ou utópico. Já os economistas mais engajados com a agenda ambientalista apresentam suas críticas à teoria econômica.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Politiquê?

As últimas duas vezes que refleti sobre política foram ao ler um blog LA e - acreditem- na parmê, comendo pizza com o B, a Gjourp, o Tefili e um pessoal.

Isso trouxe a tona alguns pensamentos que estavam lotando minha cabeça e como o propósito do blog é o “desafogamento de idéias” vou colocá-los aqui.

De começo eu queria lembrar os meus votos na eleição passada: Carlos Augusto da Cidade – Dep.Estadual, Luiz Eduardo Soares – Dep.Federal, Jandira Feghali – Senador, Denise Frossard – Governadora (sic), Cristóvam Buarque – Presidente.

Então o que fazer nessa eleição?

Vou fazer essa análise na ordem de votação.

Uma coisa que me deixou muito feliz foi ver que existem várias opções de voto para deputados, tanto federal quanto estadual. É óbvio que a oferta é muito maior do que todos os outros cargos em questão, mas isso serve para aquelas pessoas que repetem o discurso vazio de que não existe um que salve na política, ou até que é mais fácil votar nulo para ir contra o sistema ¬¬.

Estadual (RJ): Aspásia – PV, Freixo – PSOL, Rogério Rocco - PV Dr.Emanuel – PSL.

Meu voto: Daniel Fonseca – PV. Para quem não conhece, esse cara é o candidato da juventude do PV. Estive presente em algumas reuniões não só da juventude, mas também nas convenções do PV e ele em pequenos atos ganhou meu voto. Vou dar essa oportunidade para a renovação.

Federal: Chico Alencar – PSOL, Molon – PT, Biscaia – PT.

Meu voto: Chico Alencar! Figura que merece meu respeito sempre.

Senador........ isso é um caso sério. Temos duas opções de voto e eu não tenho certeza em nenhuma das duas. Os candidatos favoritos e que muito provavelmente serão eleitos não me inspiram confiança: o Crivela por razões óbvias e pelo que ele representa e o César Maia pelas Cidades da Música no bolso dele. Lindberg Farias..... será que ele conseguiu se formar na faculdade? Não sei porque (lol) mas aquela cara cheia de pó, maquiagem, não me inspira confiança. Já o Picciani, latifundiário e candidato do Cabral, é outro que eu não preciso falar.

Um que eu faço questão de falar é o Marcelo Cerqueira. Ele era minha opção de voto até semana passada. Até eu ver o horário político. Até eu ver a tal “carta ao Presidente da República” onde é feita uma propaganda ridícula pró-Serra. Me resta o Milton Temer, do PSOL. Histórico bom, propostas razoáveis, meu primeiro voto é dele, já o outro....

Presidenciáveis!

Agora sim, a discussão mais abrangente. Seria tão bonito poder fazer um post destacando a maravilhosa disputa democrática não só de ideologias mas de propostas representadas efetivamente por partidos e transpostas nos programas de governo. Talvez daqui a uns 20 anos... Hoje em dia o que vejo é uma disputa fraca e vazia.

Vou começar a falar pelo Plínio. Galera, a candidatura do Plínio é séria, por mais que ele seja a pimenta, o sal, o vinagre e o açúcar nos debates e na campanha ele realmente encabeça um projeto que visa governar o Brasil. Se não fosse a minha descrença pelo fanatismo socialista, à despeito da postura Chomskiana que eu admiro, ele teria meu voto. É uma pena que as verdades que ele fala saiam como brincadeira por ai.

Oposto ao Plínio está o Serra. Em termos técnicos, ele é o mais preparado para assumir o cargo de chefe do executivo, no entanto, por mais que hoje em dia não exista uma divisão clara de ideologias nos partidos políticos, o Serra representa o discurso clássico da Direita moralista e retrógrada. Engana-se quem acha que ele trabalhará a social-democracia (que eu acredito ser o modelo mais viável) uma vez que o próprio PSDB só possui esse conceito no nome ou alguém realmente enxerga o PSDB como um partido de CENTRO-ESQUERDA?

Dilma? Não conheço. Ahh mas o Lula mandou votar nela... Será que essas pessoas realmente acreditam que a Dilma será a continuação do governo Lula? Corre risco até de impeachment. Ela é um robô, ou como disse o Plínio: Essa moça é um blefe. [...] Essa senhora é um produto do marketing político.

Meu voto: Marina Silva – PV. Reconheço que esperava muito mais dela nessa campanha. Admito que ela mandou muito mal nos debates que eu assisti. No entanto, apesar desse aparente despreparo para lidar com questões importantes eu voto nela e isso se dá porque ela foi a única candidata que não pautou sua campanha em atacar qualquer lado. Ela se comprometeu com seu programa de governo e não com as questões escolhidas pela mídia. Falou sobre as tecnologias da Embrapa e sobre transformar o alcool em commodity. Falou sobre sustentabilidade para o agora. Falou sobre dignidade da pessoa humana, reforma agrária e participação popular. Entre outras propostas do seu discurso. Vamos dar uma chance para a Marina no segundo turno!

Ps: Dilma, pare de me mandar emails, eu já pedi.

De

Dilma 13

para

leiteyuri@gmail.com]


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Overdose de Chico

... Pense bem: você pode deitar ao meu lado
- te peço carinho, não um apaixonado
(só me deixe te derreter um pouquinho,
só se deixe apaixonar um tantinho).

só me deixe derreter o que é gelado
...

Tenho ouvido muito Chico Buarque ultimamente.

Encontro no Samba do Grande Amor a imagem dos meus devaneios românticos, assim como continuo me perdendo Sem Fantasia fazendo Samba e Amor até mais tarde.
Olhos nos Olhos vejo que Vai Passar essa melancolia que, Apesar de Você, ainda percorre meu ser, até porque mesmo Sem Compromisso vejo um Pedaço de Mim em seu sorriso e isso faz bem.
Não me preocupo se Eu Te Amo ou se somos Futuros Amantes e nem percebemos. O Meu Amor se faz no Cotidiano pois sou Todo o Sentimento que posso ser.


E como o Chico disse: a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

Então dou voz a Tom: Chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza.... Não quero mais esse negócio de você longe de mim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vem, mas vem sem fantasia.... (8)

Tinha esquecido como as pessoas podem ser tão intensas.
Eu passei por um longo período de "apatia de pessoas".
As que eu conhecia não me satisfaziam e as que valiam a pena eu já tinha colocado na rotina. É estranho falar assim de amigos mas por mais que eles sejam imprescindíveis para mim, chega um momento em que o desejo pelo novo torna cego meus ouvidos e surdos os meus olhos.
Mas isso é só repentino. Esse encanto inerente a novidade não serve para mim. Gosto de ir além, de conhecer, entender aquilo com que estou interagindo. E era nesse processo que as coisas desandavam. Eu não sentia interesse em nada que conhecia.
Não sei se é muita pretensão minha ou se realmente eu estava agindo de forma errada, mas nada me interessava [redundância?], eu tinha preguiça de levar adiante qualquer amizade ou conversa que poderia ou não desenvolver.
Isso além de ser frustrante era muito ruim pois eu não conseguia aproveitar realmente quem estava comigo.
Esses dias isso mudou.
Cada um demonstra a beleza que tem de forma singular. Não adianta procurar alguém nas atitudes de outros assim como esperar que respondam as minhas perguntas sem que elas estejam explícitas também não dá.
Desafogando um pouco.













Enfim consegui. Um texto sem compromisso com métrica, com regras, só pensamentos.
Fazia tempo.

Ouvindo: Chico - Sem Fantasia

domingo, 5 de setembro de 2010

Saco Cheio

Estou de saco cheio.
Não sei se isso se deve ao poder sintetizador das mídias atuais mas tenho preguiça de pensar, agir, falar, sorrir, rimar....
Sinto falta da alegria que tinha quando compunha minhas musiquinhas, de quando ensaiva com o pessoal, de quando escrevia poeminhas e era um poetinha de amor.
O sentimento não me abandonou mas agora está polido com idéias sérias de faculdade, futuro, bla, bla e bla.
Hoje pessoas importantes disseram que não tenho vivido para mim, que não tenho gastado meu tempo comigo.
São tantas coisas........ eu com meus velhos problemas de foco e rotina.

6 da manhã

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pra relembrar posts antigos

Eu sou uma pessoa
que vive para amar.
Que ama para ser viva,
para ser vida
e despertar vida,
mas eu não escolho a minha vida,
eu apenas vivo.
E vivo, eu vou trilhando
e vou amando.
Mesmo não sendo amado
ou apenas não compreendendo
o nexo que existe
entre
amar a vida
e ser amado por ela.

Sábado, 12 de janeiro de 2008.

sábado, 14 de agosto de 2010

Encontro de duas mãos

A primeira coisa que ela fez quando nos encontramos foi segurar a minha mão.
Pode parecer normal visto que estávamos em uma roda de amigos mas eu sabia o que aquilo representava.
E eu que estava com olhos à deriva abduzido pelo desencanto de mais uma noite vazia me encontrei.

"Encontro de duas mãos
que procuram estrelas,
nas entranhas da noite!"

Foi ai que me dei conta que preciso viver mais ao invés de pensar na vida.


E na noite eu vivi.







Ouvindo:
I was searching
You were on a mission
Then our hearts combined
like A
neutron star collision..

sábado, 7 de agosto de 2010

Leonardo Boff sobre o debate dos presidenciáveis.

O debate foi sereno, até demais. Houve poucos confrontos em termos de um olhar diferente sobre o Brasil e o mundo. A Marina que se caracteriza por esta diferença não pode ter espaço ficando refém das perguntas colocadas.

Eu sou contra marqueteiros e demasiada preparação prévia dos candidatos. Eles tem que ir lá com a acumulação que fizeram durante toda a vida e falar com o coração. Quando vão municiados pelos assessores e marqueteiros que sempre possuem uma visão maliciosa da política, acabam engessados e nervosos Têm que falar como combinado. Ao contrário, eles tem que usar a razão cordial, emocional e espiritual. É essa que fala para o profundo das pessoas. Estas são tocadas não por dados mas por emoções, por instigações que levantam a esperança e fazem sonhar com um Brasil diferente e melhor.

Larguem a Marina para ser ela mesma, aquilo que ela sempre foi e não aquela que vai sendo construida pelos técnicos da enganação, pois os marqueteiros são isso mesmo. Quem ganha é o povo e a democracia.

Indo aos candidatos. Marina, e isso é seu estilo, procurou sempre o caminho do meio, aquele viável, que congrega mais pessoas ao redor de um ideario que engloba o maior número de gente possível e que pensa mais no todo (Brasil) do que na parte (partido). O povo ocupa o foco e não os grupos dominantes e os epulões do dinheiro. Não esqueçamos que são cerca de vinte mil famílias que controlam mais de 45% da riqueza nacional e que emprestam seu dinheiro para o governo fechar as suas contas, e emprestm a juros altíssimos.Por ano levam mais de cem bilhões de juros.

No outro extremo estava o Plínio de Arruda Sampaio, homem admirável e cheio de méritos Mas a esta altura da vida com cerca de 80 anos eu esperaria mais sabedoria e menos radicalismo juvenil. Todos queremos tirar a desigualdade. Mas a questão é como fazê-lo. É melhor ir logo dizendo: o caminho tradicional é mediante uma revolução em que se derrubam dominações que sustentam as desigualdade. Mas o tempo das revoluções clássicas passou. Agora tem que ser por outra via, vinda de baixo, dos movimentos sociais que se articulam e apresentam alterntivas de poder, não só politico, mas também econômico. A democracia geralmente morre na porta da fábria. La dentro reina a ditadura dos patrões. Se alguem quiser ser de um radicalismo extremo como nossos companheiros do PSOL então digam isso abertamente, pois a demcoracia o perrmite.

O Serra foi o mais consistente em termos de conteúdos e de propostas. Ve-se que é um homem experimentado politicamente. E passou seriedade e firmeza. Não gosto da filosofia oculta do PSDB mas ele foi o convincente. Para minha supresa passou leve emoção quando falou de seu pai, italiano pobre que se lascava para fazer os filhos estudar. Mas precisamos prestar atenção, pois o PSDB não trocou ainda de cartilha, a neoliberal que quase levou o mundo ao abismo.

A Dilma fazia pena. Lutava com a linguagem. Nunca respondeu de forma convincente às questões concretas suscitadas por Serra. Fugia para o abstranto, embaralhando-se nos conceitos e nas palavras. Ela tem que aprender mais. Mas bem feito. O Homem lá de cima a quis, sem passar pela larga discussão do paratido, como era sempre de praxe no PT. Ela afirmou basicamente mais do mesmo, mas nada de surpreendente e inovador.Mas já é muito se garantir sustentabilidade às políticas sociais e conseguir fazer reformas que Lula não fez como a política, a agrária e a tributária. Isso seria o maior legado que o PT e os seguidores de Lula deixariam para a história republicana.

Uma nota de desamparo, pois revela que tipo de cidadania possuimos. O debate teve inicialmente 6 pontos de audiência, depois caiu para 3. Enquanto isso, a Globo transmitia futebol com 60 pontos de audiência. Por ai vemos onde está o coração das grandes maiorias. O "deus" que move multidões não é efetivamente a política. Por isso é dificil alcançarmos níveis maduros de democracia.

Leonardo Boff, Petrópolis
(sem partido)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meu Mundo é Hoje

Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.
Meu mundo é hoje, não existe amanhã pra mim.
Eu sou assim, assim morrerei um dia.
Não levarei arrependimentos nem o peso da hipocrisia.
Tenho pena daqueles que se agacham até o chão
Enganando a si mesmo por dinheiro ou posição
Nunca tomei parte desse enorme batalhão,
Pois sei que além de flores, nada mais vai no caixão.


Meu histórico:

Não Lembro o end. - Blogger
Fby - Weblogger

Por que insistir em ter um blog sabendo que eu fico com preguiça de escrever nele além de enjoar com o tempo?

Não sei. Só sei que preciso e gosto muito.

Bem vindos ao mais arrumado, porém não menos caótico In(Sub)Consciente do Yuri.

Ouvindo: Lupicínio Rodrigues - Ela Me Disse Assim